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Poesia "Aqui condicionado" - Livro Singularidade
Poesia "Aqui condicionado" - Livro Singularidade

 

Livro: "Singularidade"
Poesia: “Aqui Condicionado...”
Escritor amazônico: Anthony Costta Zabilini
***.
Quando acordado de verdade,
Veio a percepção no clarear do abrir da mente!
Que já se fazia presente
No presente instante versátil vigente.

Quando acordado de verdade estava,
Veio a sensação sem sanção dos feitos feitos,
Em intensa singularidade!
Comportamento, atitude, verdades.

Quando acordado de verdade para realidade,
Vieram sucessivas necessidades!
Para ver o mundo com outros olhos
Na duração estabelecida na casualidade.

Quando acordado, manifestaram-se sensíveis horizontes,
Suficientemente desafiadores!
De abrangência global coerente
Com a matura visão do ser evidente.

Quando nos dentes da realidade,
Imprimia-se a face dinâmica do dia!
Que não se sabia se ficava ou se ia,
Modelando assim o dia em guia.

Aqui...!
Pego pelos transparentes olhos da realidade!
Aqui...!
Não se pode fugir das verdades.

Não se foge de seu contágio,
De suas sucessivas investidas!
De seu compromisso condicionador,
Que se cumpre sem intermediários.

Viagem tempestiva e inigualável,
Passagem ligeira, faceira, festeira!
Verdadeira navegação ininterrupta
Que assegura sua atividade gestora.

Hábeis,
Haver-nos-emos de ser,
Para lidar com as consequências
Monitoradas pela gestão inflexível em comando.

Hábeis para a vida,
Para viver a vida!
Para vivê-la bem
No ar de quem é quem.

Aqui, condicionados...
Não há como resistir ao imperioso!
Aqui, ser-nos-emos f u n d a m e n t a l m e n t e dependentes
De sua natureza transformadora.

Mensurações cabíveis ou não,
Não influenciarão no campo do condicionamento!
Que flui e se semeia com habilidades sobre os existentes,
Em compassos, em passos livres e coerentes — incoerentes.

Uma ação contagiante,
Um hábil semear,
Um campo enorme de liberdade,
Uma saída.

Assim estar-nos-emos indispensavelmente molhados
Por salivas de praticidades definidas
Sob ação maximamente eficaz e finalística.
— Nada disso se evita.

Vê-se que o segredo está em usufruir
A totalidade concebida sem privações.
O astro é astro de fantasias, de realidade, de ações!
Leva a vida sem segredos, sem ameaças, sem frações.

Aqui, só o ambiente encarregar-se-á
De pluralizar o universo com eficácia,
Para satisfazer vontades e desejos,
Independentemente de quaisquer desejos subjetivos.

Quando acordado,
Enquanto célere observador!
— Percebia.
Percebia o silêncio d e v o r a d o r.

Ninguém percebia,
Ninguém sabia,
Ninguém ligava...
— Ninguém.

Quando de olhos abertos estava,
Lutava contra sua fúria!
Resistia às suas investidas
Mesmo que sem sucesso.

Acordado das coisas reais,
Das coisas normais,
Das coisas mortais,
Que sempre se faz.

A vida corre com muitos mortos
Que caminham dormindo acompanhados!
Que se dedicam aos fazeres de seus fazeres diários!
Mantém tradição há gerações até a superlotação planetária.

Bebês, crianças, jovens, adultos, velhos. — Ossos...
Cada osso deixado para trás tem sua história,
S i g n i f i c a d o s...
— Vida.

Milhares caíram no esquecimento,
O que não é novidade,
Pois em plena atualidade, ver-se realidade crucial!
Bebês, crianças, jovens, adultos, velhos. — Ossos...

Todos vivos,
Também deixados para trás!
Todos preocupados em dormir e acordar bem,
Se se preocupam...! — Vão vivendo.

“Vê-se que o segredo está em usufruir a totalidade concebida sem privações.”

Rorainópolis, Roraima, Amazônia, 05 de março de 2000.